Estreou em 1.100 metros, na areia pesada largando com pequeno atraso, para ganhar na marca de 1'06"2 (igualando o recorde).
Um dos maiores craques brasileiros de todos os tempos no Brasil. Cavalo
brioso, valente, que construía sua própria vitória, sem dar conhecimento aos
seus adversários. Sua fama de craque das pistas levou o público novamente para
o Jockey Club Brasileiro que vibrava com suas
facílimas vitórias. Grandes experts de turfe do país o consideraram, pela
facilidade como vencia as provas, sempre na ponta, como um dos maiores cavalos
de corrida do Brasil de todos os tempos, mesmo sem ter disputado as provas
máximas do turfe brasileiro, impedido por uma grave contusão num dos tendões, o
que o afastou das corridas.
ITAJARA conquistou
todos nós, por sua garra, coragem e vontade de vencer.
A despedida de Itajara foi comovente. Antes mesmo de entrar
na pista, uma verdadeira multidão foi vê-lo na baia próxima ao padoque, não
cansando de admirá-lo. O entusiasmo era tanto que um turfista não se conteve e
chegou a protestar com um dos proprietários, Lineu de Paula Machado, pela ida
do craque para a reprodução:
- O senhor não poderia ter tomado tal decisão. Itajara hoje
continua sendo seu, mas também pertence ao povo.
O protesto emocionou Lineu. Emocionados também já estavam
Luís Carlos, o cavalariço, e Francisco Saraiva, o treinador. Quando Itajara
saiu da baia, tendo uma manta os dizeres: “Itajara, Tríplice Coroado Invicto”,
aconteceu uma autêntica comoção: dezenas de pessoas queriam fotografá-lo. No
padoque, o jóquei José Ferreira dos Reis, o Reisinho, montou-o chorando.
Quando Itajara entrou na pista, o público explodiu em aplausos. O locutor
Ernani Pires Ferreira, pelos alto-falantes, exaltava as qualidades do carque:
- Itajara, em tupi-guarani, significa “Senhor das Pedras”,
mas o significado mudou para “Senhor das Pistas”.
O galope de despedida foi perfeito. O craque parecia nada
sentir. Muita gente chorou. Não faltou quem afirmasse que, mesmo machucado, ele
ganharia o GP Brasil, que seria vencido por Bowling momentos depois. Os
aplausos só terminaram no padoque, mas o assédio do público nem permitiu que o cavalo
pudesse ir à ducha. Itajara deixou o prado às 15 horas em ponto. Ainda naquela
semana iria para o haras, onde cobriria 25 éguas de alta linhagem. Levado ao
haras como reprodutor, gerou vários animais de alta qualidade, criados no
Brasil e na Argentina.
Sua despedida das pistas no GP. Brasil de 1987, pode ser comparada à
despedida do "Rei Pelé", pois o público, aplaudiu como um verdadeiro
"Rei da Pista". Itajara e
Pelé tiveram a missão de encantar multidões com suas atuações. Fica a eterna saudade
em nossa memória, desse fantástico e inesquecível corredor, que com certeza,
tem um lugar reservado em nossos corações.
Um comentário:
Boa sorte Anderson ficou legal.Abraços.
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