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20 de set. de 2013

Um turfe de injustiças

    É impossível falar do nosso turfe hoje em dia sem falar nas injustiças que acontecem nos bastidores, todos os finais de semana vemos desclassificações injustas, páreos que deveriam ter desclassificação e são confirmados, jóqueis com peso a menos na REPESAGEM, em letras maiúsculas mesmo para enfatizar o fato de que eles já se pesaram antes e estavam no peso correto e etc.
    O turfe brasileiro viveu um passado de glórias, viu sua criação alcançar o mundo, exportou jóqueis para quase todo o mundo, em todos os continentes temos pelo menos um jóquei brasileiro, mas com tudo isso por que nosso turfe não vai para frente?
Simplesmente porque não tem o devido respeito e atenção de quem deveria, por obrigação do cargo, zelar pelo mesmo, cuidar para que o turfe avance e não retroaja.
   A patife sindicância aberta no caso Galopina que se encerrou no dia 17/09/2013, com apenas 120 dias de suspensão para o treinador, que deveria reconhecer sua pensionista,  20 dias para a veterinária, que não tem obrigação de conhecer o animal, por não ter atenção na hora de examiná-lo, ora o VETCORR examina todos os animais da reunião, imagina você um veterinário que examina mais de 100 animais por dia e ainda ter que saber qual é qual por suas características individuais, por muitas vezes semelhantes, e ainda ser cobrado por isso? E por fim, a comissão alega que não houve dolo? Como assim não houve dolo? Será que a comissão já ouviu dizer em DOLO EVENTUAL? Dolo eventual ocorre quando o agente, mesmo sem querer efetivamente o resultado, assume o risco de o produzir, não seria esse o caso quando na resolução se explica que:
"Considerando que o treinador Victor Paim, apesar de presente no padoque quando da saída para o cânter, não percebeu diferença entre Hana The Hill e Galopina, de tamanhos bem diversos";
"Considerando que o treinador não estava presente quando da pesagem e do encilhamento de sua pensionista" e
"Considerando o registro do treinador no Livro de Ocorrências consignando apenas decepção com a atuação da égua, bem como a insistência com que garantia, após o páreo, que quem ali competira era Galopina"
Ora isso não caracteriza o dolo eventual? Ele não queria, mas ao negligenciar alguns procedimentos ou deixar de acompanhá-los ele assumiu tal risco. E o apostador, como é que fica? Vão devolver as pules que continham a competidora Galopina, sim os apostadores jogaram confiando que o animal que corria era Galopina, mas estavam sendo enganados, ludibriados, afinal que correu foi Hana The Hill. Já imaginou perder um pick7 de R$ 60 mil "considerando por fim que foi constatado uma série de atos negligentes, mas não dolo de qualquer agente" com essas mesmas palavras usadas pela PATIFE COMISSÃO DE CORRIDAS do Jockey Club Brasileiro!!!
   Isso é ridículo, ultrajante, vergonhoso. Por causa de pessoas que só olham para o próprio umbigo, que só pensam em si mesmas, que só querem o bem pessoal e o turfe que se exploda, longe deles é claro, é que o turfe não vai pra frente.
   Decisões como estas é que afastam o público turfista dos hipódromos nacionais, fazem o nosso turfe ficar abandonado, quase não vemos renovação no turfe, é raro vermos turfistas na minha faixa etária (tenho 23 anos), esses "palhaços" que sustentam o turfe em sua maioria já está na casa dos 40/50 e até mais. Digo "palhaços" pois quem realmente ama o turfe seja pelas apostas, seja pelo esporte está nas mãos dessas pessoas, o turfe precisa é de pessoas com visão, que gostam do esporte e respeitam o apostador, sendo esse de extrema importância nos dias atuais, afinal não fossem os apostadores, quem sustentaria o Jockey? Um turfe que não investe em renovação, não investe no apostador, que faz esse "mundo" girar, não investe no próprio turfe, não investe nos seus profissionais que precisam sair do país para terem o devido reconhecimento.
  O turfe hoje no Brasil é quase uma piada, longe do padrão dos países Sul americanos, o que dirá do padrão mundial (rá), seria cômico se não fosse tão trágico o esporte conhecido no mundo como "o esporte dos reis" no Brasil não passe de "O esporte dos viciados", afinal é isso que as pessoas pensam quando digo que sou um turfista, que mantenho um blog sobre corridas de cavalos é logo a primeira pergunta "você joga? Já ganhou muito?". O que pode ser motivo de tanto preconceito se não o descaso que o turfe sofre por suas más administrações durante anos a fio, período esse que ainda figura em nossos dias, triste isso.
  Espero ansiosamente o dia em que poderei levar meus filhos a um hipódromo cheiro para desfrutar de uma tarde maravilhosa e com grandes carreiras, será ótimo se isso vier a acontecer no futuro.
  Espero que tenham gostado da postagem, e gostaria de saber a opinião de vocês, amigos leitores e amantes do Turfe. O que acham do turfe nacional hoje? comente, curta, compartilhe... Participem vocês também.

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